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Turismo literário – destinos para quem é apaixonado por livros

Quem nunca ficou com a sensação de que, ao terminar um bom livro, algo dentro de nós foi transformado? Como se aquelas palavras tivessem lançado uma semente de curiosidade, uma vontade irresistível de explorar os cenários descritos nas páginas, de seguir os passos dos personagens ou até de visitar a casa de um escritor que sentimos como um velho amigo? Pois é, minha paixão por livros me levou a descobrir o encantador universo do turismo literário, e acredite, é uma jornada que vai muito além das páginas.

Tudo começou com “O Código Da Vinci”, de Dan Brown. A trama me envolveu tanto que, no final, eu não queria apenas guardar o mistério na memória; eu queria vivê-lo. Queria estar lá, nos mesmos lugares descritos pelo autor, caminhando pelos corredores do Louvre, entrando na Capela Rosslyn na Escócia, sentindo a mesma adrenalina que o professor Robert Langdon. Mas, claro, havia um pequeno problema: o orçamento não dava para tanto. Como fazer essa viagem sem vender um rim?

O turismo literário é, na verdade, uma forma de imersão cultural que vai além de uma simples visita a monumentos. Trata-se de viajar para cidades ou lugares que marcaram a vida de escritores ou que serviram como cenário para suas obras. Pode ser uma casa de campo onde um autor viveu, um café onde ele escreveu sua obra-prima ou até uma biblioteca famosa que virou personagem por si só. Essa modalidade de turismo também leva o viajante a explorar festivais literários, jantares temáticos, hotéis que inspiraram romances e até bibliotecas que guardam histórias e histórias de outros tempos.

Bem, ainda não tive a chance de fazer a viagem pelos cenários de O Código Da Vinci. Mas minha amiga Veronica, super fã da obra, conseguiu realizar o passeio guiado na época do lançamento do livro, quando algumas agências de viagem ofereciam esse roteiro. O que me restou foi um pequeno consolo: ela levou uma foto minha e fez questão de registrar alguns pontos turísticos de Paris, garantindo que eu estivesse, de alguma forma, lá também.

Quem diria que a jornada começa ao abrir um livro? Agora, eu sei que a literatura é uma ponte entre o imaginário e o real, e que, por meio do turismo literário, podemos caminhar de fato pelos caminhos que os escritores criaram.

E, se você ficou curioso sobre como embarcar em uma viagem dessas, eu recomendo uma leitura que vai abrir os olhos para essa modalidade de turismo. O livro “Turismo Literário: Sobre Cidades e Escritores”, de Alberto Roiphe, oferece uma visão acadêmica, mas ao mesmo tempo fala sobre alguns roteiros brasileiros que tem como base a literatura.

Mas, para os viajantes mais aventureiros que não conseguem esperar, aqui vai uma dica: que tal explorar a Londres de Sherlock Holmes, a Lisboa de Fernando Pessoa ou a Paraíba de grandes escritores como Augusto dos Anjos, José Lins do Rêgo e Ariano Suassuna? Mas isso é assunto para os próximos textos. Por enquanto, vamos as próximas leituras.